
Hoje vigésimo quinto dia do nono mês do seco ano de dois mil e cinco faço exactamente vinte e cinco Primaveras. E isto de fazer vinte e cinco anos não é fácil. Não é fácil porque sobreviver neste mundo durante tanto tempo têm que se lhe diga.
Acho que devia festejar, mas não conheço nem ouvi falar de quem festeje um acidente. Também não conheço ninguém que depois dos púbicos dezoito anos tenha gosto em envelhecer. Por isso acho que fazer anos não é fixe nem nunca o foi. E isso de comemorar não passa de uma sátira à triste condição do ser humano de envelhecer.
Envelhecer é definhar, é caminhar para a podridão, é perder capacidades é…
Mas também acho que estou a ficar maduro, e como toda a fruta, na altura ideal para ser comido. Um bom vinho é um vinho maduro.
Bom lá tenho eu de comemorar, parece que casei os anos, vinte e cinco no dia vinte e cinco no ano dois mil e cinco, que deixando cair os dois zeros fica vinte e cinco. Mas para fazer sentido devia fazer exactamente vinte e cinco coisas. Talvez…
Não, acho que não era capaz!
Vou pensar nisso…
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